Ele era jovem quando decidiu abrir mão de todas as suas riquezas para viver a caridade em meio aos pobres e necessitados. Luiz Gonzaga era um menino que nasceu sob a riqueza, mas antes da maioridade decidiu mudar completamente sua vida. Morreu aos 23 anos, fazendo o que sempre quis fazer: ajudar pessoas. Hoje, São Luiz Gonzaga, padroeiro da juventude, tem seu dia comemorado de uma forma especial no CC: foi criado um fórum para incentivar que a juventude trabalhe por um mundo melhor.
Quantas pessoas você conhece que abriram mão do conforto para ajudar o próximo?
A ex-aluna do CC, Luísa Follador Karam, de apenas 21 anos, foi para o Quênia, na África, passar dois meses dando aula para crianças carentes. Segundo a jovem voluntária, a situação da comunidade na qual ficou hospedada era de miséria: “Eu fiquei em uma favela e tomava banho de cuia. O odor era forte e também incomodava bastante. Foi muito difícil ver aquela situação, mas, ao mesmo tempo, olhar para as crianças fazia tudo parecer tão pequeno. O que eu fiz foi pouco em relação ao que eles fizeram por mim”.
Bruna Koerich e Manoella Becker, estudantes do 9º A, estavam presentes no Fórum e, durante uma entrevista, falaram da gratificação que sentem por fazer parte do G.A. (Grupo de Amigos): “É muito bom poder ajudar outros alunos dando aula de reforço”, revelam as voluntárias, que todas as terças e quartas atendem alunos do 3º ao 5º para tirar dúvidas.
Esses depoimentos, juntamente com outras ações, rechearam a tarde do dia 20 de junho, noauditório João Paulo II. Foi um momento de reflexão sobre a importância da participação dos jovens em projetos sociais e voluntários, como por exemplo, os projetos Inacianos pelo Haiti, Gentileza gera Gentileza e Fundação Fé e Alegria.
O 1º Fórum da Juventude uniu alunos, professores, funcionários e ex-alunos com o objetivo de promover na juventude lideranças e solidariedade. Pe. Clóvis Cavalheiro, SJ, juntamente com a equipe da pastoral do CC, buscou festejar o jovem Luiz Gonzaga por tudo o que ele fez e ainda inspirar a juventude a fazer algo por um mundo melhor.
As alunas Camila Rodrigues e Beatriz Chagas, alunas da 2ª Série A, ficaram emocionadas com os depoimentos. Elas são representantes de turma e trabalham juntas para que a turma possa ter um bom desempenho não somente nas disciplinas, mas também na vida. “A gente não deixa de participar das coisas. Nós nos interessamos em saber de tudo que acontece no colégio e com nossos amigos. Estamos sempre atentas”, afirmam as líderes da 2ª Série A.
O CC tem no currículo o curso de Formação Humana e Cristã, no qual, desde a Educação Infantil, o objetivo é formar um cidadão consciente, compassivo, competente, um homem imbuído de humanismo social. “Não adianta ensinarmos ou inspirarmos nossos alunos a cuidarem apenas do planeta. É preciso que eles também cuidem das pessoas, principalmente daquelas que precisam de ajuda.”, disse o orientador religioso Sinésio Fernandes.
Ensino Médio Noturno é fruto de voluntariado
A Diretora Acadêmica Cléia Bernadete Fritzke Abdalla aproveitou o momento para lembrar que ajudar não precisa ser apenas financeiramente. A professora falou de quando e como surgiu o Ensino Médio Noturno, “nós éramos um grupo de professores dando aula de reforço para jovens carentes que se preparavam para o vestibular”.
Hoje, existem cerca de 400 alunos estudando gratuitamente no CC no Ensino Médio Noturno. As alunas da 1ª Série “J”, Jéssica Maria Policarpo e Miriã Dambros Cardoso, tiveram pela primeira vez a experiência com o voluntariado e projetos sociais. Vindas de escolas da rede pública de ensino, nunca vivenciaram a solidariedade para com o próximo. “Nós estamos muito empolgadas depois que conhecemos isso, queremos muito fazer mais coisas e visitar lugares que a gente possa ajudar”, afirmaram emocionadas as futuras voluntárias.
Solidariedade que contagia
A história da ex-aluna Luísa atravessou o oceano. Durante o trabalho social, resolveu ir mais além e, juntamente com outra voluntária, enviou e-mails para família e amigos pedindo doações para a compra de uniformes. Faltando apenas duas semanas para retornar ao Brasil, começaram a chegar o apoio financeiro, totalizando mais de 8 mil reais. Além de uniformes e sapatos, a sala de aula foi reformada, livros foram comprados, mochilas e todo o material escolar.
A Luísa Follador Karam, de apenas 21 anos, saiu do Brasil, quando ainda cursava Secretariado Bilingue, em busca de uma resposta para a pergunta: -“Como ajudar o próximo”?
Quando desembarcou no aeroporto Hercílio Luz, trouxe na mala um coração cheio de amor, gratidão e a resposta que tanto procurava. Hoje está com pedido de transferência para o curso de Relações Internacionais. E! A Luísa quer mesmo ajudar. Ela quer um mundo melhor.
Se quiser conferir a história dela assista o vídeo abaixo: